Atenção ao golpe dos nudes
- theilorprigol5
- 29 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de out. de 2020
Fui convidada pelo jornal O Florence para falar sobre o golpe dos nudes. Falei sobre o impacto no ciclo de vida e as relações sociais na adolescência.

Abaixo o texto da matéria, o conteúdo completo você pode ler no jornal O Florence no caderno Segurança do dia 28 de agosto de 2020
GABRIELA FIORIO
Você já ouviu falar do golpe dos nudes? É o tipo de estelionato que mais cresceu na pandemia da Covid-19 , inclusive em Flores da Cunha.
Conforme os dados da Polícia Civil do município, de 1º de janeiro a 27 de agosto de 2020 foram 110 casos registrados de estelionato (o dado contempla todos os tipos do crime). O número é 39,2% superior ao registrado no mesmo período de 2019. “Os números aumentaram consideravelmente, especialmente o golpe da pedofilia”, revela a delegada Aline Martinelli. Segundo ela, é comum que os autores sejam presidiários, os quais se utilizam de dados, números de telefone, endereços e até mesmo contas bancárias, todos falsos. “Até mesmo pessoas esclarecidas caem nos golpes, e os estelionatários estão sempre encontrando novos meios de enganar as vítimas, e por isso, a checagem de informações é fundamental”, revela.
A pena do estelionato é de um a cinco anos de reclusão.
O golpe dos nudes
O golpe normalmente ocorre no Facebook, no qual um perfil falso se faz passar por uma moça ou rapaz e começa a ter conversas íntimas com a vítima, enviando e solicitando fotos ‘nudes’. Em seguida, outra pessoa entra em contato dizendo ser pai, advogado ou até mesmo um policial conhecido do interlocutor, extorquindo dinheiro da vítima, afirmando que ela cometeu o crime de pedofilia. As ameaças também podem consistir em enviar fotos para familiares.
A Polícia Civil orienta a não enviar fotografias, verificar a veracidade dos perfis, não efetuar nenhum depósito e procurar a Delegacia para efetuar registro policial. “Fotografias de documentos furtados de policiais muitas vezes são usados nesse golpe”, destaca a delega Aline.
De acordo com a psicóloga Joselisa Toigo, as pessoas estão sofrendo um impacto muito forte no seu ciclo de vida devido às limitações da pandemia, inclusive jovens e adolescentes. “É uma fase em que o adolescente passa por um processo de individualização e formação de identidade e para isso as relações sociais são fundamentais. No momento em que seria de exploração do mundo e dos relacionamentos, eles se veem confinados em casa, limitados apenas a comunicação virtual. Essa situação acaba estimulando o uso quase que continuo do celular, redes sociais e internet para compensar sentimentos de solidão, carência, ansiedade, o que facilita golpes neste sentido, e os oportunistas sabem exatamente onde e como atacar”, informa.



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